O ator, reconhecido por sua atuação principal no filme “Mussum o filmis”, realizou esse procedimento como parte do processo de trazer à vida o famoso personagem nas telas do cinema.
Aílton Graça interpretou Antônio Carlos Bernardes, mais conhecido como o icônico Mussum, nas telonas, e sua dedicação em se assemelhar ao comediante surpreendeu a todos. No filme “Mussum o filmis”, a caracterização meticulosa garante ao público uma semelhança impressionante, notável nos mínimos detalhes do olhar e das expressões faciais.
Isso ocorreu devido à abordagem inovadora do ator, que optou por uma harmonização facial singular, utilizando seu próprio sangue no procedimento. De acordo com Mari Pin, a supervisora de caracterização do filme, em entrevista ao jornal Extra, a intenção da produção não era clonar Mussum, mas sim permitir que o público visse o espírito do artista refletido em Aílton.
Além disso, Mari Pin compartilhou que foi um desafio convencer o ator a realizar o procedimento, já que era destinado apenas ao personagem, e ele tinha receios de alterar suas expressões, especialmente considerando que as filmagens do longa já estavam em andamento. Contudo, o ator acabou aceitando a proposta e se submeteu à harmonização com a colaboração do cirurgião e especialista Fábio Barros.
“Fui abordado por ela pois era necessário ampliar a expressão de Aílton. Uma vez que a maquiagem tem suas limitações, buscava-se uma abordagem que aprimorasse seu olhar, tornando-o mais aberto e semelhante ao de Mussum. Sugeri a utilização suave de toxina botulínica e sessões de ultrassom microfocado”, explicou o especialista.
Ele complementou: “A intenção de Aílton era não prolongar os efeitos dos procedimentos, pois eram exclusivamente para o personagem. Portanto, realizamos a injeção de plasma gel, onde coletamos seu sangue, processamos-o em uma centrífuga e aplicamos a porção de plasma para conferir volume, tudo em um período de três dias”.
Vale destacar que a película intitulada ‘Mussum o filmis’, agraciada com seis prêmios Kikito no Festival de Gramado, está agendada para sua estreia em 2 de novembro.
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“Mussum: O Filmis” conquista o prêmio principal da 51ª edição do Festival de Cinema de Gramado.
O longa-metragem que apresenta a trajetória do humorista Antônio Carlos Bernardes Gomes, conhecido como Mussum, e dirigido por Silvio Guindane, saiu do evento tradicional com um total de seis prêmios Kikitos.
Na noite do último sábado, 19, o filme “Mussum: O Filmis”, sob a direção de Silvio Guindane, recebeu o prestigioso prêmio de “Melhor Filme” no Festival de Cinema de Gramado de 2023.
A conquista não parou por aí. A cinebiografia que retrata a vida do humorista Antônio Carlos Bernardes Gomes, mais conhecido como Mussum, saiu do tradicional festival da Serra Gaúcha com um total de 6 prêmios e ainda uma menção honrosa.
Durante a celebração, o elenco do filme, tomado de entusiasmo, deixou o palco entoando a música “Tenha fé, pois amanhã um lindo dia vai nascer”, do grupo “Os Originais do Samba”, após terem recebido o já mencionado prêmio “Melhor Filme”.
No decorrer do discurso, o diretor da cinebiografia expressou suas emoções a respeito da conquista de um prêmio proveniente do público, enfatizando que o propósito era, de fato, criar um filme direcionado ao público em geral. Para ele, é insuficiente produzir um filme para a população se não houver oportunidades para a sua exibição. As palavras do diretor constituem um argumento em favor da “cota de tela” – a obrigação legal de exibir um número mínimo de produções cinematográficas brasileiras nos cinemas ou na televisão. Essa postura visa a chamar a atenção do Senado Federal, solicitando que considerem a proposta de renovação como um impulso para a indústria cinematográfica nacional.