Homem agride criança de 4 anos durante apresentação de festa junina; vídeo

O que era pra ser uma tarde de festa e alegria acabou virando um episódio lamentável neste domingo (15), em Vicente Pires, região administrativa do Distrito Federal. Durante uma festa junina organizada por uma escola particular da região, o Colégio Liceu, um homem invadiu o palco durante uma apresentação das crianças e agrediu fisicamente um menino de apenas 4 anos. A cena deixou pais, professores e alunos em choque.

Douglas Filipe Parisio Lima, de 41 anos, pai de um aluno da escola, foi o autor da agressão. Segundo testemunhas e registros em vídeo, ele teria subido no palco visivelmente alterado e, sem pensar duas vezes, empurrou e derrubou o menino no chão. Mesmo depois de o pequeno já estar caído, Douglas continuou a agressão verbalmente, com palavrões e gritos que deixaram todos estarrecidos.

O motivo? Ele teria acreditado que a criança estava praticando bullying contra seu filho. Só que, convenhamos, acusar uma criança dessa idade de bullying já é algo complicado de se afirmar com tanta certeza assim, né?

Pais e funcionários da escola agiram rápido. Um homem – que muitos acreditam ser o pai do menino agredido – subiu ao palco e empurrou Douglas, tentando protegê-lo. Logo depois, outros adultos intervieram e conseguiram conter o agressor antes que a situação saísse completamente do controle.

A Polícia Militar foi chamada e prendeu Douglas ainda no local, em flagrante. E pasme: mesmo durante a abordagem policial, ele ainda teve a audácia de agredir uma policial com um tapa no rosto. Após ser levado à 8ª Delegacia de Polícia, ele acabou assinando um termo circunstanciado e foi liberado em seguida. Sim, isso mesmo, liberado.

A defesa de Douglas, feita pela advogada Marleide Anatolia Pereira da Silva, alegou que o homem estava emocionalmente abalado. Segundo ela, o filho dele vinha sofrendo episódios constantes de bullying e até agressões físicas dentro da escola, e isso teria sido o estopim para a atitude dele naquele dia. Mesmo assim, o próprio Douglas reconheceu o erro e disse estar arrependido do que fez. Mas, como dizem por aí, o estrago já tava feito.

O Colégio Liceu, por sua vez, soltou uma nota oficial lamentando profundamente o ocorrido. A escola afirmou que repudia qualquer tipo de violência e garantiu que a família do agressor não faz mais parte da instituição desde então. “A segurança e o bem-estar dos nossos alunos são prioridade”, dizia o comunicado, tentando acalmar os ânimos dos pais que estavam visivelmente assustados com a situação.

Esse episódio levanta uma série de reflexões: até onde vai o papel dos pais na defesa dos filhos? Existe limite entre proteger e ultrapassar a linha da agressividade? E como as escolas devem lidar com casos de bullying, especialmente quando envolvem crianças tão pequenas? Num país onde se fala tanto de empatia, diálogo e resolução pacífica de conflitos, ainda parece que, na prática, há muito o que melhorar.

Enquanto isso, na internet, o vídeo da agressão correu solto e a revolta tomou conta das redes sociais. Comentários como “isso é inadmissível” e “covardia com uma criança” se multiplicaram rapidamente. E não é pra menos.

Agora, o caso está nas mãos da Justiça. Mas uma coisa é certa: ninguém vai esquecer tão cedo daquela festa junina que virou caso de polícia.

Confira: