O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se retratou por uma declaração que fez durante uma reunião em Brasília na última semana, na qual afirmou que pessoas com problemas mentais têm “desequilíbrio de parafuso”. A declaração causou grande indignação e críticas, especialmente de organizações que lutam pelos direitos das pessoas com deficiência e doenças mentais.
Lula reconheceu seu erro e pediu desculpas pelo Twitter, afirmando que “não devemos relacionar qualquer tipo de violência a pessoas com deficiência ou pessoas que tenham questões de saúde mental”. Ele também reconheceu que está disposto a aprender e fazer o possível para que todos se sintam incluídos e respeitados.
Essa atitude do presidente é importante, pois revela que ele está aberto a ouvir críticas e a aprender com seus erros. Além disso, ele reconheceu que é necessário combater os estereótipos e a discriminação contra pessoas com deficiência e doenças mentais.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de um bilhão de pessoas no mundo sofrem com algum tipo de transtorno mental, e 14% desse número são adolescentes. A OMS também afirma que pessoas que convivem com doenças mentais possuem expectativa de vida entre 10 e 20 anos a menos do que a população geral. Além do mais, o número de pessoas que sofrem de depressão e ansiedade aumentou 25% mundialmente durante o primeiro ano da pandemia de Covid-19.
Esses dados são alarmantes e revelam a importância de se combater o estigma e a discriminação contra pessoas com deficiência e doenças mentais. É fundamental que a sociedade como um todo se conscientize sobre a importância de se respeitar e incluir essas pessoas, promovendo a igualdade de oportunidades e a acessibilidade.
Nesse sentido, o papel dos governantes e das lideranças políticas é crucial, pois eles têm o poder de influenciar a opinião pública e de promover políticas públicas que visem a inclusão e o respeito aos direitos das pessoas com deficiência e doenças mentais. Além disso, é importante que eles sejam exemplos de tolerância e respeito, como fez o presidente Lula ao se retratar por sua declaração infeliz.
Entre os acordos que assinamos hoje em Lisboa, está a criação de mecanismos para o intercâmbio de boas práticas na promoção e defesa dos direitos de pessoas com deficiência, para Brasil e Portugal atuarem juntos na promoção de mais direitos para a população PCD.
— Lula (@LulaOficial) April 22, 2023
Não devemos relacionar qualquer tipo de violência a pessoas com deficiência ou pessoas que tenham questões de saúde mental. Não vamos mais reproduzir esse estereótipo. Tanto eu quanto nosso governo estamos abertos ao diálogo.
— Lula (@LulaOficial) April 22, 2023
Em resumo, a atitude do presidente Lula em se desculpar por sua declaração e se comprometer a aprender com seus erros é um exemplo de como as lideranças políticas podem contribuir para combater o estigma e a discriminação contra pessoas com deficiência e doenças mentais. É importante que essa conscientização se estenda para toda a sociedade, de forma a promover a igualdade de oportunidades e a acessibilidade para todos.