O profissional de saúde que presta serviços em Gaza se deparou com os corpos de seu pai e irmão no Shifa International Hospital, onde trabalha no setor de trauma.
Um médico que presta serviços no Shifa International Hospital, localizado em Gaza, deparou-se com a dolorosa cena de encontrar os corpos de seu pai e irmão entre os falecidos que chegaram à unidade. Em imagens divulgadas por Ahmed Hijazi, Fadi Al-Khadri é visto em lágrimas e estado de desespero, sendo amparado por colegas da linha de frente do atendimento médico. Nas filmagens, ele é confortado por meio de abraços e palavras de apoio, enquanto é colocado em uma cadeira para uma conversa destinada a acalmá-lo.
Os parentes de Al-Khadri, seu irmão e pai, perderam a vida devido a ataques aéreos israelitas em Gaza, ocorridos neste domingo, 15, conforme informações da página do Instagram Eye On Palestine.
Sobre o conflito entre Israel e Palestina, começou no último dia 7 de outubro, quando o grupo extremista Hamas invadiu a fronteira de Gaza. Nesse trágico dia, ocorreu um massacre com 1.300 vítimas, considerado o mais sangrento na história dos 75 anos do Estado. Até o momento, os ataques israelenses em Gaza resultaram em pelo menos 2.750 mortes e 10 mil feridos, com mil pessoas desaparecidas. Israel impôs um bloqueio total e está se preparando para uma possível invasão terrestre em Gaza com o objetivo de combater o Hamas.
Um bombardeio atingiu o Al-Ahli Arabi Baptist Hospital, localizado na cidade de Gaza, resultando em um trágico saldo de pelo menos 500 vítimas, conforme informado por um porta-voz do Ministério da Saúde da região. Se esse número for confirmado, este poderá ser considerado o ataque aéreo mais devastador promovido por Israel contra os palestinos. Além disso, as Nações Unidas também relataram que outra ação comandada por Israel atingiu uma de suas escolas, que estava sendo usada como abrigo em Gaza.
No entanto, o porta-voz militar de Israel alegou que “a Jihad Islâmica é responsável por um lançamento de foguete malsucedido que atingiu o hospital”. Por outro lado, o porta-voz da Jihad Islâmica negou qualquer envolvimento do grupo no bombardeio ao hospital em Gaza.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressou em seu perfil no Twitter: “É crucial que o mundo compreenda que o ataque ao hospital em Gaza foi perpetrado por terroristas bárbaros, não pelo Exército de Israel. Aqueles que tiraram a vida de nossas crianças de maneira cruel também estão tirando as deles.”
Por sua vez, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, declarou três dias de luto em memória das vítimas do massacre no hospital em Gaza. Além disso, ele tomou a decisão de cancelar o encontro que estava agendado com Joe Biden na Jordânia para quarta-feira, 18 devido à situação.
Um líder do Hamas afirmou à NBC News que o grupo está disposto a liberar imediatamente todos os reféns civis, incluindo estrangeiros e israelenses, desde que Israel suspenda os ataques aéreos em Gaza. Ele especificou que os reféns poderiam ser libertados “dentro de uma hora” se Israel cessar os ataques.
No entanto, o líder do Hamas mencionou que, no momento, não há um local seguro para a libertação dos reféns. Como contrapartida, o Hamas exige que Israel liberte todos os palestinos detidos em prisões israelenses.