Morte de empresário em buraco de Interlagos pode ter reviravolta surpreendente com exames

A Polícia Civil segue tentando esclarecer a morte de Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 36 anos, que foi encontrado sem vida em um buraco de obra no Autódromo de Interlagos, zona sul da capital paulista. O caso, que aconteceu no dia 30 de maio, ainda tá envolto em incertezas. Os investigadores aguardam alguns laudos importantes que podem mudar tudo.

Os exames que tão sendo esperados são: toxicológico, necroscópico e análise de DNA do sangue achado dentro do carro da vítima. O primeiro deles, o toxicológico, tá previsto pra sair na segunda-feira, 16 de junho. Esse laudo vai confirmar se Adalberto consumiu mesmo álcool e maconha, como relatou o amigo dele, Rafael Aliste. Já o necroscópico deve ajudar a apontar a causa real da morte, se foi algo natural (o que parece pouco provável) ou provocado.

Hipóteses ainda em aberto

Mesmo sem todos os laudos em mãos, a polícia já trabalha com algumas possíveis versões. Uma das suspeitas é que Adalberto teria sido imobilizado com um “mata-leão”, talvez durante algum tipo de briga ou confusão com seguranças do evento. Outra linha investiga se Rafael Aliste, o amigo que estava com ele no evento, teria alguma ligação com o que aconteceu — direta ou indiretamente.

É que tem uns pontos esquisitos no depoimento de Aliste. Ele falou à polícia por mais de cinco horas na última quinta-feira (12/6), e os investigadores perceberam contradições no que ele contou, principalmente sobre o trajeto que o empresário teria feito depois do show, em direção ao estacionamento.

Relembrando os últimos passos de Adalberto

Segundo Rafael, ele e Adalberto se conheciam há uns oito anos, e sempre estavam juntos em eventos de moto. Os dois participavam de um grupo no WhatsApp chamado “Renatinha Motoqueirinha”, onde organizavam rolês e trocavam ideia direto.

Naquele dia, eles chegaram ao autódromo à tarde, fizeram test drive de motos entre 14h30 e 17h, tomaram um café e depois decidiram dar uma volta pelo evento. Lá pelas 17h15, assistiram a uma apresentação de motocross. Mais tarde, por volta das 19h45, foram ver o show do Matuê — sim, o rapper famoso que tá bombando nas redes — e foi ali que, segundo Rafael, eles usaram maconha comprada de uns desconhecidos e beberam umas oito cervejas.

Rafael contou que o amigo ficou bem alterado, mais agitado que o normal, mas que não rolou nenhum desentendimento. Às 21h, o show acabou e eles se despediram às 21h15. Adalberto disse que ia pra casa jantar com a esposa. Já Rafael ficou mais um pouco, comeu um hambúrguer e foi embora do autódromo às 22h30. Chegou em casa às 23h e foi dormir.

Mas por volta das 2h da manhã do dia 31, ele recebeu uma mensagem da esposa de Adalberto, preocupada, perguntando se ele sabia onde o marido tava. A partir daí começou o desespero.

Outro detalhe curioso

No domingo, dia 1º de junho, ou seja, um dia depois do sumiço, Rafael contou que foi assaltado. Segundo ele, quatro homens armados o abordaram, levaram sua moto, o celular e até o capacete. Coincidência ou não, isso chamou a atenção da polícia.

Por enquanto, o caso ainda é tratado como “suspeito” — pode ter sido um acidente, um crime ou até uma tentativa de encobrir algo mais grave. O que se sabe é que os próximos dias devem ser decisivos, especialmente com a chegada dos laudos.

Enquanto isso, amigos e familiares de Adalberto seguem esperando por respostas — e por justiça.