No podcast “Café com respostas”, de Zilu Camargo, Rita Cadillac surpreendeu a apresentadora ao revelar que Zezé Di Camargo costumava frequentar sua casa no início da carreira. Rita mencionou que estendeu a mão para o sertanejo e expressou que guarda uma mágoa dele.
“Eu conheci o seu ex-marido, quando ele veio de Goiânia gravar e não tinha grana. E eu falei [para povo lá da TV]: se quiser levar lá em casa, minha casa está sempre aberta’. Zezé passou a frequentar lá em casa, porque eu tinha uma funcionária que era muito fã dele. Ele ia lá em casa, almoçava, ficava lá… E teve um belo dia que ele foi fazer uma foto para a capa do disco e precisava ter uma roupa, e eu o ajudei, ofereci uma jaqueta”, contou Rita Cadillac, num trecho da entrevista que vai ao ar hoje.
“Eu nunca soube que ele ia na sua casa”, respondeu Zilu. “Mas posso te dizer uma coisa? Nunca aconteceu nada”, afirmou a ex-chacrete.
Rita continuou explicando o motivo de sua decepção com o sertanejo: “Sempre brinquei muito com ele, dizendo: ‘Zezé, você precisa crescer um pouco mais, porque eu colocava salto e ele ficava baixinho’. Depois de alguns anos, o encontrei em um show e perguntei: ‘E aí, Zezé, cresceu?’. Ele olhou para mim e respondeu: ‘Cresci tanto que posso comprar um shopping inteiro’. Eu apenas disse ‘parabéns’ e dei meia volta”, contou ela.
Zilu então se desculpou: “Olha, eu não sabia, jamais aceitaria presenciar uma resposta dessa. Ainda mais sendo uma pessoa que…”, disse.
“Um dia estendeu a mão”, interrompeu Rita.
“Desculpa”, encerrou Zilu.
Saiba mais:
Rita Cadillac, nome artístico de Rita de Cássia Coutinho (Rio de Janeiro, 13 de junho de 1954), é uma renomada dançarina, cantora e atriz brasileira.
Rita foi um ícone de beleza e sensualidade nos anos 1980. Ela se destacou como dançarina nos programas de televisão de José Abelardo Barbosa, o Chacrinha, e teve uma participação marcante no filme Carandiru, dirigido por Hector Babenco. Além disso, desenvolveu uma carreira musical e teve uma breve incursão na indústria cinematográfica adulta.
Em 2010, sua vida e carreira foram tema do documentário “Rita Cadillac: A Lady do Povo”, dirigido por Toni Venturi, que foi exibido em cinemas por todo o Brasil. Nos últimos anos, Rita participou de diversos programas e séries televisivas, incluindo as edições seis e nove do reality show “A Fazenda”, da RecordTV, e na série “Tapas & Beijos”, da Rede Globo.
Rita Cadillac nasceu em uma família humilde e enfrentou grandes desafios desde cedo. Ela nunca conheceu seu pai, que faleceu antes de seu nascimento, e foi deixada por sua mãe aos cuidados da avó paterna. Aos quinze anos, foi obrigada a se casar com um rapaz da vizinhança, em um casamento no civil e no religioso onde ainda era virgem. No entanto, revelou ter sido abusada pelo marido após uma semana de casamento, quando ele a embebedou e a violentou, marcando o início de uma vida de infelicidade para ela.
Em 1971, deu à luz seu único filho, Carlos César Coutinho, através de parto normal no Rio de Janeiro. Incapaz de suportar mais as humilhações, traições e agressões do marido, Rita se divorciou quando seu filho tinha apenas um ano de idade. Com sua avó já falecida e enfrentando dificuldades financeiras, sem ter onde morar, ela começou a trabalhar como garota de programa para sustentar a si mesma e ao seu filho. Sem condições de cuidar dele, seu filho voltou a viver com o pai.
Durante seu ano como garota de programa, Rita teve um encontro que mudaria sua vida: uma cliente a ajudou a entrar em um grupo de dança, onde ela passou no teste e pôde realizar um curso de balé. Assim, Rita iniciou sua carreira como dançarina profissional e se tornou famosa no Brasil a partir da década de 1970, especialmente por sua participação no programa de televisão de Chacrinha, onde as dançarinas eram conhecidas como chacretes. Ela trabalhou com José Abelardo Barbosa, o “Velho Guerreiro”, por oito anos, de 1975 a 1983, marcando seu início de reconhecimento nacional.