Roberto Justus toma atitude ousada contra professor da UFRJ após ataques de ódio contra a filha

O domingo (6) foi marcado por uma grande polêmica nas redes sociais envolvendo o empresário Roberto Justus e sua esposa, a influenciadora Ana Paula Siebert. O casal veio a público indignado após sua filha, Vicky, de apenas 5 anos, ter sido alvo de comentários ofensivos — alguns até violentos — depois de uma publicação inocente feita pela mãe.

Tudo começou quando Ana Paula postou uma foto da menina com uma bolsa de grife. O acessório, avaliado em torno de R$ 14 mil, acabou gerando uma onda de críticas, a maioria com teor agressivo e até ameaçador. Entre os internautas que atacaram a criança, um comentário em especial chamou a atenção pela gravidade: o do professor universitário Marcos Dantas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele respondeu com um “só guilhotina” a uma referência sobre os bolcheviques da Revolução Russa. Isso mesmo. Uma criança de cinco anos sendo atacada com uma alusão à execução.

Ana Paula não deixou passar batido e reagiu de forma firme. “Crítica besta, a gente releva… agora incitar violência, falar de morte, ainda mais vindo de um professor? Isso é inaceitável”, escreveu ela em seus stories, visivelmente abalada. A influenciadora também demonstrou preocupação com o nível de radicalização nos debates online. “Isso não é mais sobre política ou opinião, é sobre limites. E eles foram ultrapassados”, completou.

Roberto Justus, por sua vez, foi direto e enfático. Em vídeo publicado nas redes, ele criticou o comportamento do professor e a escalada de discursos extremistas na internet. “Um educador deveria ser exemplo. Deveria formar opiniões, não incitar ódio. Isso é reflexo de um país onde tudo virou guerra de classes. Essa radicalização tá fora de controle”, disse o empresário. Ele também revelou que acionou sua equipe jurídica e que medidas legais estão sendo tomadas contra Dantas.

Essa história escancara uma questão que vem se agravando: a forma como figuras públicas e até suas famílias, incluindo crianças, vêm sendo expostas e atacadas de maneira gratuita na internet. Críticas sempre existiram e fazem parte do jogo, mas quando ultrapassam o bom senso e se tornam ameaças, o debate perde o sentido e vira violência simbólica — ou real.

A polêmica ainda se conecta com discussões maiores. Estamos num momento em que o país respira tensões políticas constantes, com uma divisão social cada vez mais profunda. E o que poderia ser um simples comentário sobre luxo infantil virou uma batalha ideológica alimentada por ódio. O episódio também levanta a discussão sobre o papel dos educadores nas redes sociais. Afinal, professores têm, sim, liberdade de expressão, mas também carregam responsabilidade com suas palavras — principalmente quando elas ultrapassam os limites do respeito.

Até o fechamento deste texto, o professor Marcos Dantas não havia feito nenhuma retratação pública. A UFRJ, por sua vez, também não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido, o que levantou ainda mais críticas por parte de internautas que cobraram posicionamento da instituição.

O caso de Vicky Justus é mais um entre tantos que mostram como o debate nas redes tem perdido a mão. E talvez seja mesmo hora de repensar o quanto estamos dispostos a sacrificar o diálogo, o respeito e até a segurança de crianças em nome de likes, ideologias e polarização. Porque no final das contas, não importa se você é de direita ou de esquerda — uma criança de 5 anos nunca deveria ser alvo de ódio. Nunca.