A abdominoplastia, bastante comum entre os famosos, é uma cirurgia plástica estética que visa remodelar o abdome. Consiste na retirada do excesso de pele e gordura, além da reconstituição da flacidez dos tecidos que envolvem os músculos dessa região. No entanto, realizá-la pouco antes da gravidez pode aumentar as chances de diástase durante a gestação, como explica o médico cirurgião Josué Montedonio em entrevista à CARAS Brasil. Ele detalha a patologia e apresenta soluções para repará-la e corrigi-la.
Segundo ele, a diástase abdominal refere-se à separação dos músculos abdominais, algo que pode ocorrer naturalmente durante a gravidez devido ao crescimento do útero e à pressão exercida sobre esses músculos. Esse fenômeno pode resultar em uma protuberância na região abdominal e causar desconforto ou fraqueza muscular.
“Porém, é importante mencionar que a diástase abdominal não é exclusiva da gravidez e pode ocorrer em outras situações em que há um aumento súbito da pressão abdominal, como em casos de ganho de peso significativo ou levantamento de peso excessivo, e até mesmo por conta do envelhecimento”, diz.
Montedonio aponta os riscos: “Na verdade, seria uma eventração do abdômen, que fica aquele um pouco mais abaulado, isso pode prejudicar na postura do paciente, e refletindo, claro, esteticamente, também”.
Para corrigir e reparar a diástase, segundo o cirurgião, uma alternativa seria fazer a aplicatura, que é a aproximação dessa musculatura através de alguns pontos. “Esses pontos internos que a gente faz mantém a estrutura no lugar anatômico. Nós aproximamos a musculatura para deixar uma posição anatômica original. E com isso acaba fazendo um reforço na parede do abdômen. E, infelizmente, nenhum exercício vai corrigir a diástase, apenas uma cirurgia reparadora mesmo”, destaca.
Questionado sobre quem já fez uma cirurgia reparadora, pode engravidar novamente, ele salienta: “O que costumo falar é que a gestação, a gravidez, depois de uma plástica de abdômen, ela não compromete o desenvolvimento fetal, mas ela pode comprometer sim o resultado estético, porque como vai ter a distensão do abdômen, a pele pode voltar a ficar mais flácida e isso tudo, às vezes, pode requerer uma reabordagem, uma otimização, um retoque para melhorar a cirurgia”.
“Por isso, a gente recomenda fazer uma plástica de abdômen até depois de ter concluído a gravidez e não planejar mais uma gravidez futura, se a paciente deseja manter o resultado da cirurgia a longo prazo”, finaliza.
Josué Montedonio é médico cirurgião, especializado em cirurgia plástica. Formado em medicina pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos, dedicou dois anos à residência de cirurgia geral e os três anos seguintes ao Serviço de Cirurgia Plástica e Queimados, no hospital da Santa Casa de Misericórdia de Santos-SP. Ele é membro titular de importantes sociedades médicas nacionais e internacionais, incluindo a Sociedade Brasileira de Cirurgiões, a International Confederation for Plastic, Reconstructive and Aesthetic Surgery e a American Society of Plastic Surgery.
Veja também:
Fabiana Justus revela consequência de tratamento contra o câncer
A influenciadora digital e empresária Fabiana Justus compartilhou com os internautas uma consequência do seu tratamento contra o câncer. Nesta segunda-feira, 3, após sua ida ao hospital para ministrar o remédio de manutenção, ela contou que perdeu temporariamente as impressões digitais.
Em seu stories no Instagram, a filha de Roberto Justus mostrou um vídeo onde tenta realizar a leitura da digital. “Vou contar uma coisa aleatória para vocês. Depois do tratamento, o meu dedo não funciona mais”, revelou ela.