Segundo informações fornecidas por um ex-consultor da OceanGate, há indícios de que o submersível Titan teria tentado retornar à superfície antes de desaparecer e implodir, sugerindo uma tentativa por parte da tripulação de interromper a missão.
Relatórios preliminares compartilhados pelo ex-consultor apontam que o Titan teria “liberado seus pesos” durante a descida no oceano, indicando uma possível tentativa de emergir momentos antes de perder contato com o navio-mãe, o Polar Prince.
Rob McCallum, cofundador da empresa de expedições EYOS Expeditions e experiente em liderar expedições subaquáticas ao local do naufrágio do Titanic, divulgou essas informações em entrevista à revista The New Yorker. Ele sugere que a tripulação provavelmente teria abortado o mergulho e tentado estabelecer contato com a superfície antes de perder a comunicação com o navio-mãe.
Declaração de James Cameron
De acordo com informações divulgadas pelo portal de notícias UOL, essa declaração está em linha com o testemunho anterior de James Cameron, especialista em mergulho em águas profundas e diretor do filme “Titanic”.
Cameron afirmou em entrevista à ABC News que o Titan soltou seu lastro e que as pessoas a bordo estavam “lidando com uma situação de emergência”. O contato entre o Titan e sua nave-mãe foi perdido cerca de uma hora e meia após o início do mergulho, a uma profundidade de 940 metros.
Ainda não está claro se os cinco ocupantes do submersível estavam cientes do perigo iminente ou se receberam algum aviso sobre a falha no casco. A OceanGate já havia cancelado mergulhos anteriores do Titan devido a problemas nos sistemas de propulsão e flutuação, apesar de vários alertas feitos por especialistas.
Cinegrafista que participou de mergulho teste em submarino da OceanGate relata pane em equipamento
Um cinegrafista que participou de um mergulho teste no submersível da OceanGate, em maio de 2021, expressou que tinha plena convicção de que uma tragédia poderia ocorrer. Infelizmente, cinco pessoas que estavam a bordo do veículo perderam suas vidas após uma implosão. Brian Weed, que estava presente nas filmagens do programa “Expedition Unknown”, do Discovery Channel, relatou sua experiência.
O cinegrafista descreveu a atitude do piloto, Rush, como confusa e não muito positiva em relação ao desempenho do submersível. Weed mencionou que Rush estava tentando minimizar a situação e dando desculpas.
Segundo relato do operador de câmera, o submersível apresentou problemas técnicos a uma profundidade de apenas 30 metros. Diante disso, Weed questionou a viabilidade do veículo alcançar os 3.800 metros de profundidade e se perguntou se eles deveriam continuar a bordo.
Devido às falhas técnicas ocorridas, o mergulho teste foi adiado. A produção do programa procurou um consultor da Marinha dos Estados Unidos antes de prosseguir com uma nova tentativa de mergulho. Apesar de receber uma avaliação positiva do consultor, a equipe do programa optou por não contratar os serviços da OceanGate para explorar os destroços do Titanic.
IMPLOSÃO DE SUBMERSÍVEL
Em 22 de junho, a Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou as mortes dos cinco passageiros que estavam a bordo do submarino desaparecido. De acordo com o órgão, a cabine de pressão do Titan foi localizada em três fragmentos, a aproximadamente 500 metros do Titanic, evidenciando a sua destruição.
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