Tiago Pavinatto culpa igreja pelo falecimento de Karol Eller; ‘julguem os filhos de Deus’

Na madrugada desta sexta-feira (13), o comunicador Tiago Pavinatto recorreu às suas plataformas nas redes sociais para expressar pesar pela perda da influenciadora digital Karol Eller. No seu perfil no Instagram, o ex-apresentador da Jovem Pan, que é abertamente homossexual, compartilhou um texto reflexivo, associando a tentativa de “reorientação” como o fator que culminou no falecimento da blogueira de orientação política conservadora.

“Compreendo que muitos possam discordar do que estou prestes a afirmar. Contudo, enquanto indivíduo que assume sua orientação homossexual e, ao mesmo tempo, é um devoto entusiasta do cristianismo e conhecedor das contribuições positivas que a mensagem cristã ofereceu à humanidade, sinto-me compelido a dizer: o falecimento de Karol Eller foi resultado de sua busca por reorientação”, afirmou o comunicador.

E prosseguiu com um aviso: “Aqueles que a apoiaram não carregam culpa do ponto de vista legal, mas, se têm o amor de Cristo em seus corações, devem pausar e ponderar diante desta tragédia anunciada: a essência de uma pessoa não pode ser alterada (não existe um Pavivi heterossexual, amigos; e apenas o acolhimento compassivo é digno de um cristão). Não existem fundamentos científicos para a reorientação”.

“Pavinatto argumentou: ‘A Associação Americana de Psicologia examinou todos os estudos sobre o assunto e não encontrou nenhuma evidência de eficácia. Por outro lado, um estudo com 176 indivíduos indicou que 155 passaram a enfrentar sérios danos psicológicos: a sensação de inadequação e o fracasso exacerbam a depressão, o uso de substâncias e as tentativas de suicídio'”, destacou.

O ex-apresentador da Jovem Pan concluiu sua declaração com um apelo aos cristãos para que não “julguem os filhos de Deus”. Na seção de comentários de sua publicação, vários internautas expressaram dúvidas, argumentando que a influenciadora estava enfrentando uma batalha contra a depressão e sofria perseguições por parte da própria comunidade LGBT+ devido às suas posições políticas alinhadas com a extrema direita.

Novamente, Pavinatto compartilhou publicamente detalhes de uma conversa íntima com Karol Eller: “Para os muitos insensatos: Conversei com a Karol na semana passada. Ela chorou ao confessar que estava lutando para sufocar seu desejo por mulheres. É evidente: As terapias de reorientação equivalem a sessões de tortura mental. Em 90% dos casos, resultam em um estado de ideação suicida”, declarou em parte de seu comunicado.

Lamento profundamente a trágica notícia do falecimento da influenciadora na noite de quinta-feira (12), após uma queda do quinto andar de seu prédio em São Paulo. Nas suas redes sociais, ela compartilhou uma carta de despedida com a frase angustiante “perdi a guerra”. Poucos dias antes, Eller havia comunicado sua conversão ao protestantismo e anunciado uma “renúncia” à sua orientação homossexual. Esta notícia é realmente comovente e nos faz refletir sobre a importância do apoio e da compreensão nas jornadas pessoais de cada indivíduo.

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Abordando alguém com depressão

A abordagem apropriada ao lidar com alguém que expressa o desejo de tirar a própria vida é fundamental para oferecer apoio e buscar ajuda profissional. Primeiramente, é essencial demonstrar empatia e escuta ativa. Mostrar que estamos dispostos a ouvir sem julgamentos pode fazer com que a pessoa se sinta compreendida e menos isolada em sua dor.

Em seguida, é crucial não minimizar ou desvalorizar os sentimentos da pessoa. Evitar frases como “Isso é bobagem” ou “Vai passar” é fundamental. Em vez disso, expressões como “Estou aqui para te ajudar” ou “Vamos buscar ajuda juntos” são mais adequadas.

Encorajar a busca por ajuda profissional é fundamental. Sugerir a consulta a um psicólogo, psiquiatra ou profissional de saúde mental pode ser o passo mais importante. Acompanhar a pessoa até um profissional de saúde é uma demonstração de apoio eficaz.

Manter contato constante é vital. Mostrar que nos preocupamos e estamos disponíveis para conversar pode fazer toda a diferença. Por fim, em situações de emergência, é imperativo contatar imediatamente os serviços de emergência ou um centro de prevenção ao suicídio.

Lembrando sempre que não somos profissionais de saúde mental, a orientação e a ajuda de especialistas são essenciais. Agir com compaixão, paciência e responsabilidade pode ser um passo crucial para ajudar alguém que está passando por momentos tão difíceis.