Tiktoker conhecida como “rainha do narco” é assassinada aos 24 anos, e polícia se preocupa com funeral de “alto risco”

Nesta segunda-feira (24), Sabrina Durán Montero, uma tiktoker chilena, perdeu a vida. Além de sua presença notória nas redes sociais, a jovem de 24 anos também estava envolvida com o comando de um cartel de entorpecentes em Santiago, Chile. Agora, as autoridades policiais da capital estão se preparando para um funeral que é descrito como de “extremo risco” pelo Serviço de Controle e Ordem Pública.

Nos perfis da influenciadora, onde ela contava com mais de 450 mil seguidores, muitos lamentaram sua morte, referindo-se a ela como “rainha”. Sabrina costumava compartilhar vídeos sobre sua vida na prisão, sendo seus últimos registros dedicados à sua namorada, Antonella Marchant, líder do cartel de entorpecentes Los Marchant. Conforme noticiado pelo jornal El País, ambas se conheceram no Centro Penitenciário Feminino do município de São Miguel, enquanto cumpriam penas por tráfico de entorpecentes.

Sabrina havia sido detida até setembro, mas posteriormente recebeu liberdade condicional. De acordo com relatos sobre sua morte, a influenciadora estava caminhando por uma rua quando foi abordada por dois indivíduos que abriram fogo várias vezes, aparentemente com a intenção de roubar seu veículo. Horas mais tarde, o automóvel foi encontrado incendiado em Quilicura, a aproximadamente 35 quilômetros de distância.

A investigação utiliza diversos vídeos que circularam nas redes sociais para determinar se o incidente ocorreu durante um assalto ou se foi um ataque premeditado, sendo esta última a hipótese principal considerada pela polícia. “Essas pessoas parecem ter planejado antecipadamente como agir. Informações iniciais sugerem que estavam esperando por ela”, explicou o promotor do Metropolitano Ocidental, Pablo Sabaj. Sabrina foi levada com vida ao hospital Santa Rosa de Chena, onde faleceu minutos após o ocorrido.

O jornal também relatou como as autoridades estão se preparando para o funeral de Sabrina, que está programado para ocorrer em Peñaflor, região sudeste da capital, onde ela residia. De acordo com os relatos, a polícia está em constante comunicação com a família da jovem, que está temerosa de sofrer um novo ataque.

O velório da influenciadora faz parte dos cerca de 1700 chamados “narcofunerais” que aconteceram nos últimos quatro anos. Essas cerimônias têm lugar nos bairros onde os traficantes tinham suas residências e também nos cemitérios, com membros de suas gangues disparando tiros para o alto e detonando bombas sonoras. No mês passado, o presidente do Chile, Gabriel Boric, apresentou um projeto de lei visando restringir os horários de tais homenagens consideradas de “alto risco”.