Shahed Al-Banna, uma jovem brasileira-palestina de 18 anos, reside em Al-Zeitoun, um distrito na cidade de Gaza, parte do enclave palestino que tem enfrentado ataques aéreos israelenses desde o último sábado, em resposta à operação “Tempestade Al-Aqsa”, lançada pelo grupo islâmico-palestino Hamas contra Israel. Nesta quarta-feira (11), ela usou suas redes sociais para narrar a situação vivenciada por sua comunidade e o desespero que ela e sua família sentem com os alertas de bombardeios vindos de telefones israelenses que anunciam ataques na vizinhança.
Em um vídeo inicial, são exibidos os destroços do que, até o dia anterior, representava um edifício de três pavimentos ocupado por pessoas comuns. As imagens compartilhadas por Shahed já estão se espalhando pelas redes sociais e pela mídia.
“Oi gente, meu nome é Shahed, eu sou brasileira e moro na Faixa de Gaza. Esse prédio aqui [referindo-se aos escombros ao fundo da imagem] tinha três andares. O que sobrou dele é isso. Eles atacaram o prédio ontem. É isso que estamos sofrendo por aqui”, diz a jovem em um dos vídeos divulgados.
Algumas horas depois, ela compartilhou outro vídeo no qual relatou que sua família está desalojada desde o último domingo (8), quando receberam alertas por telefone de autoridades israelenses sobre possíveis ataques iminentes na área. Diante do desespero, todos os membros da família buscaram refúgio na casa de um parente, que não estava listada como alvo. Contudo, com cerca de 20 pessoas no local, outro telefonema informou sobre possíveis ataques nas proximidades do abrigo.
“Oi gente, sou eu de novo. Os israelenses ligaram para a minha avó para dizer pra ela que temos que esvaziar a casa porque vão atacar, e não sabemos se hoje ou amanhã. Faz quatro dias que saímos de casa mas eles ligaram mesmo assim para confirmar o ataque. Agora estamos na casa da minha tia e eles ligaram para o marido dela agora a pouco, dizendo que vão atacar uma casa aqui do lado de onde estamos agora. Estamos aqui em mais de 20 pessoas, a maioria são mulheres e crianças, todos inocentes que não têm culpa e nem tempo suficiente para sair daqui. Temos medo de ser feridos. Vamos ficar por aqui até acabar o ataque”, desabafou.
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