Elizângela: Atriz revelou segredos de sua vida privada antes de sua morte

No dia 3 de novembro, o Brasil perdeu uma de suas talentosas atrizes, Elizângela, que faleceu aos 60 anos devido a uma parada cardiorrespiratória em sua casa na região serrana do Rio de Janeiro. Sua morte deixou uma lacuna na indústria do entretenimento e comoveu fãs e amigos, que lamentaram profundamente a perda dessa artista discreta e talentosa.

Elizângela era conhecida não apenas por sua habilidade excepcional como atriz, mas também por sua postura discreta em relação à sua vida pessoal. No entanto, em 2017, ela decidiu abrir seu coração para a revista Contigo!, proporcionando aos fãs uma visão rara de sua filosofia de vida e seus pensamentos sobre felicidade, trabalho, amor e envelhecimento.

Na época, Elizângela estava brilhando na novela “A Força do Querer”, da Globo, interpretando Aurora, a mãe de Bibi, personagem de Juliana Paes. Em suas entrevistas, ela revelou como se emocionava profundamente com as cenas da novela, destacando a intensidade de seu envolvimento com a personagem. Sendo mãe na vida real, ela conseguia se colocar no lugar de Aurora, o que tornava o trabalho ainda mais emocional e desafiador para ela.

Na oportunidade, a famosa também falou sobre como lidava com o tempo e com a idade. Ela disse que era naturalmente feliz e que odiava mau-humor. “Sou naturalmente feliz. Não me suporto de mau-humor e nem gente assim ao meu lado. São pessoas chatas e de difícil convivência”, afirmou. Ela brincou que não sentia a idade que tinha. “Lembro que, aos 20 anos, imaginava como seriam os 40 e 50 anos. Praticamente um pesadelo! Cheguei aos 60 e nem percebi”, se divertiu. Mas ela não concordava com a ideia de que a terceira idade seria a melhor idade. “Acho esta coisa de melhor idade, desculpa a palavra, uma puta de uma mentira. Melhor idade é o caramba! Porque quando está melhor de cabeça, sabe coordenar melhor a sua vida, nosso corpo começa a denegrir”, reclamou.

Uma das características marcantes de Elizângela era sua atitude positiva em relação à vida. Ela se descrevia como uma pessoa naturalmente feliz, odiando mau-humor e evitando pessoas negativas ao seu redor. Brincando sobre sua idade, ela confessou que, ao atingir os 60 anos, mal percebia a passagem do tempo, destacando sua atitude jovial em relação à vida e sua recusa em se deixar abater pelo envelhecimento. Para ela, a ideia de “melhor idade” era uma falácia, e ela encarava o envelhecimento com realismo, reconhecendo os desafios que vinham com ele.

Em relação à sua vida amorosa, Elizângela manteve-se misteriosa, recusando-se a revelar detalhes sobre seu relacionamento. Ela enfatizou sua independência e auto-suficiência, enfatizando que, embora amasse sua própria companhia, também reconhecia a importância de ter alguém ao seu lado. Sua abordagem equilibrada e madura em relação ao amor e ao sexo refletia sua sabedoria e experiência de vida.

Além de sua carreira de sucesso na televisão, cinema e teatro, Elizângela era uma mulher que buscava paz e sossego na região serrana do Rio de Janeiro, onde morava. Apesar de problemas respiratórios, ela encontrava conforto e tranquilidade em sua casa. Sua partida deixou não apenas um vazio na indústria do entretenimento, mas também na vida daqueles que a conheciam e admiravam.

O legado de Elizângela vai além de suas performances memoráveis; é uma lição de positividade, amor próprio e aceitação. Sua atitude otimista diante da vida, sua dedicação ao trabalho e seu entendimento maduro sobre o amor e o envelhecimento continuam a inspirar aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-la, mesmo que apenas através das telas. Enquanto o Brasil chora a perda de uma de suas estrelas mais brilhantes, Elizângela permanece viva em nossos corações, lembrando-nos da importância de viver com alegria, amor e aceitação, independentemente dos desafios que a vida nos reserva.



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