Maurício Kubrusly é diagnosticado com grave doença

A revista eletrônica “Fantástico”, que vai ao ar aos domingos pela TV Globo, está comemorando seu 50º aniversário neste mês. Como parte das celebrações das cinco décadas desse programa, a emissora elaborou uma coleção de reportagens especiais que abordam os momentos memoráveis e as personalidades destacadas que contribuíram para esse jornalístico. No último domingo (20), a TV Globo surpreendeu a audiência ao abordar a situação de saúde do renomado jornalista Maurício Kubrusly.

No episódio deste domingo, o programa “Fantástico” revisitou os anos 1990, revivendo várias seções emblemáticas como o “Retrato Falado”, “Mister M” e “Padre Quevedo”. Além destes, também trouxe à memória o segmento intitulado “Me Leva, Brasil”, o qual era apresentado por Maurício Kubrusly. Durante um período superior a uma década, o jornalista percorreu o território nacional compartilhando narrativas curiosas e destacando indivíduos cativantes.

Logo após, o programa surpreendeu muitos espectadores ao expor a condição de saúde do repórter. Conforme informações da TV Globo, Maurício Kubrusly foi diagnosticado com demência frontotemporal, uma enfermidade que impacta a capacidade linguística e a memória. Indivíduos afetados por essa condição enfrentam desafios para manter a atenção e reter informações comunicadas, além de enfrentarem dificuldades na expressão de ideias.

Doença afetou a memória

A situação do jornalista foi uma surpresa para numerosos internautas. “Eu costumava me questionar sobre o paradeiro dele. É triste vê-lo enfrentar uma enfermidade. Que Deus o abençoe neste período”, compartilhou Ricardo Antônio no Twitter. Andrea Simões acrescentou, “Essa notícia sobre a doença realmente me deixou triste.” No mesmo sentido, André Marinho expressou no mesmo meio: “Fiquei chocado com essa informação. É lamentável.”

Nas plataformas de mídia social, muitos usuários aproveitaram a oportunidade para prestar homenagens ao jornalista. Cógenes Lira observou, “Ele era um gigante do jornalismo popular e da narração do modo de vida do povo brasileiro. Abordagem incrível.” Fernando Rodrigues recordou, “Além do Fantástico, ele também deixou sua marca na revista Som Três, uma pioneira em música e tecnologia.” Alyne Isabelle Souza destacou, “Esse indivíduo desbravou o país em busca de histórias curiosas, divertidas e emocionantes.”

Conforme relatado pela matéria veiculada no programa “Fantástico”, Maurício Kubrusly optou por deixar São Paulo e atualmente reside no sul da Bahia, acompanhado por sua esposa, Beatriz Goulart, e pelo cachorro da família, Shiva. O programa compartilhou, “Embora a memória tenha se dissipado, sua imensa paixão pela vida e pelo povo brasileiro, como ele frequentemente menciona, permanece intacta.”

Assista à homenagem do Programa ‘Fantástico’ CLICANDO AQUI!

Mais sobre a doença

Segundo informações da Alzheimer’s Research UK, a demência frontotemporal (DFT) constitui um conjunto de distúrbios resultantes do acúmulo de proteínas de várias origens, incluindo a “TAU”, que danificam os neurônios localizados nos lobos frontais, posicionados atrás da testa, ou nos lobos temporais, situados atrás das orelhas. Esta condição impacta de maneira mais precisa grupos etários entre 45 e 64 anos.

Principais sintomas

De acordo com as observações de Gustavo Alves, que é especialista e detentor de título de doutorado em Biotecnologia, os sinais mais frequentes da Demência Frontotemporal englobam:

– Condutas sociais inadequadas
– Modificações na fala e na linguagem
– Escassez de autorregulação emocional, manifestando-se em desinibição e espontaneidade
– Apatia ou mesmo estados de hiperatividade
– Deterioração da memória, que, ao contrário do Alzheimer, manifesta-se em fases mais avançadas.

Tratamento

Conforme Juabin Huang, doutor em Neurologia pelo Departamento de Neurologia da Universidade do Mississippi, atualmente não existe qualquer forma de tratamento para essa condição. O enfoque concentra-se em proporcionar assistência ao paciente visando a gestão dos sintomas específicos. A evolução da enfermidade difere de pessoa para pessoa e, no caso em que se restrinja somente à comunicação verbal e linguagem, a progressão tende a ser mais gradual.



Recomendamos