Recentemente, ocorreu uma invasão de privacidade envolvendo o apresentador do Jornal Nacional da TV Globo, William Bonner, por parte de um hacker chamado Walter Delgatti Neto. A Revista Veja trouxe à tona o caso, divulgando conversas entre Delgatti Neto e o humorista Gregório Duvivier.
A Polícia Federal encontrou registros de conversas entre o hacker e o humorista Gregório Duvivier, nos quais o último incentivava o primeiro a obter informações sobre importantes figuras da TV Globo, incluindo o diretor de jornalismo Ali Kamel. Embora o caso tenha sido levado à Justiça Federal, Duvivier não figura como réu nas ações decorrentes do ocorrido.
Em uma conversa registrada entre o hacker Walter Delgatti Neto e Gregório Duvivier, Delgatti Neto menciona possuir informações relacionadas à Globo. Duvivier responde indicando que obtém muitas conversas por dia, mas não as lê todas. Posteriormente, Delgatti Neto confessa uma frustração envolvendo William Bonner.
De acordo com o hacker, ele conseguiu acessar o aplicativo utilizado pelo editor-chefe e apresentador do Jornal Nacional, William Bonner, mas não conseguiu visualizar seu conteúdo porque todas as mensagens já haviam sido deletadas. A prática de apagar conversas era comum entre muitos usuários.
Apesar de ter seu nome mencionado em conversas relacionadas à invasão de privacidade, Gregório Duvivier não foi acusado de nenhum crime pela Polícia Federal.
Na conversa com o hacker, que ocorreu em fevereiro de 2019, além de Bonner e Kamel, Duvivier também citou outros nomes, como o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e os juízes Marcelo Bretas e Sergio Moro. Vale ressaltar que a invasão ao aplicativo de Bonner aconteceu antes dessa data.
Em seu depoimento à Operação Spoofing, Duvivier afirmou que não incentivou o hacker a invadir celulares, mas que tinha curiosidade sobre as informações que poderiam ser obtidas, de acordo com informações prestadas à Polícia Federal.
