No dia 7 de setembro, o Brasil perdeu uma de suas mais importantes referências no campo do jornalismo: Raimundo Varela. A notícia de sua morte abalou o país e deixou uma lacuna no mundo da comunicação. Embora a causa da morte não tenha sido divulgada oficialmente, sabe-se que ele estava internado há mais de uma semana em um hospital em Salvador, na Bahia.
Raimundo Varela é um nome que ressoa profundamente na memória dos brasileiros, especialmente aqueles que acompanharam sua longa e ilustre carreira na televisão. Ele ficou conhecido por criar o famoso noticiário “Balanço Geral”, um dos programas mais assistidos na Rede Record. Sua capacidade de apresentar as notícias de forma direta, envolvente e muitas vezes emocional cativou o público ao longo de décadas.
Antes de se dedicar ao jornalismo e à comunicação, Varela teve uma trajetória de vida peculiar. Ele experimentou diversas profissões, desde ser peão em fazendas até atuar como jogador de futebol. Essas experiências moldaram sua perspectiva e o prepararam para se tornar um comunicador tão versátil e multifacetado.

Um dos momentos mais marcantes da vida de Raimundo Varela foi o transplante de rim e fígado que ele passou em 2026. Esse procedimento cirúrgico foi um divisor de águas em sua vida, permitindo-lhe continuar sua carreira e inspirando muitos com sua resiliência. Mesmo após 14 anos do transplante, Varela decidiu deixar o comando do “Balanço Geral” em 2020, mas permaneceu no programa como comentarista, contribuindo com sua perspicácia e visão única sobre os acontecimentos.
A notícia da morte de Raimundo Varela comoveu não apenas seus fãs, mas também seus colegas de trabalho. O apresentador Pedro Santa Sé, do “Bahia no Ar”, não conteve as lágrimas ao falar sobre a perda de seu amigo. Ele expressou sua dor dizendo: “Antes de colocarmos esta matéria no ar, deixem-me ficar aqui, ao lado dele, assim como fizemos durante tanto tempo na TV. Mas Varelão, vá com Deus!” Santa Sé compartilhou uma reportagem que destacava os momentos mais marcantes da carreira do comunicador, relembrando a importância de sua contribuição para o jornalismo brasileiro.
Segundo Gel Varela, filho de Raimundo, o corpo do pai será cremado, e o velório está previsto para acontecer ainda no mesmo dia, no Cemitério Jardim da Saudade, das 13h às 16h. É esperado que amigos, colegas de trabalho e fãs se reúnam para prestar suas homenagens a essa figura tão querida.
O legado de Raimundo Varela transcende as telas da televisão. Sua paixão pelo jornalismo, sua perseverança diante de desafios de saúde e sua capacidade de se conectar com o público de maneira autêntica o tornaram uma lenda do jornalismo brasileiro. Sua ausência será profundamente sentida, mas suas contribuições duradouras à comunicação e ao país continuarão a inspirar gerações futuras de jornalistas e comunicadores.
O Brasil perdeu um ícone, mas Raimundo Varela viverá para sempre em nossos corações e nas lembranças de todos aqueles que tiveram a honra de compartilhar sua jornada através das ondas da televisão. Que ele descanse em paz, sabendo que sua voz e sua presença deixaram uma marca indelével na história do jornalismo brasileiro.