SP: em ato, Bia Kicis diz que direita continuará lutando por voto impresso

Bia Kicis e a Luta pelo Voto Impresso: Um Ato de Resistência em São Paulo

No último domingo, dia 29, a deputada federal Bia Kicis, do PL-DF, fez uma declaração emocionada durante um ato bolsonarista que ocorreu na famosa avenida Paulista. A parlamentar ressaltou que sua luta pelo sistema de voto impresso no Brasil continuará firme. Em um discurso entusiasmado, ela afirmou: “Nós hoje somos criminalizados porque queremos transparência eleitoral, mas nós não vamos desistir dessa pauta, vamos continuar lutando por ela”.

Essa declaração foi feita enquanto Kicis estava em um trio elétrico, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, em um evento que contou com a presença de vários apoiadores e organizadores, incluindo o pastor Silas Malafaia. Kicis abordou uma questão polêmica que vem gerando debates acalorados no país: a proposta de um projeto de lei que criminaliza críticas ao processo eleitoral, prevendo penas de prisão que podem chegar até sete anos. “Vocês vão se curvar a isso? Nós também não. Nós vamos lutar dentro do Congresso para barrar essa lei esdrúxula”, completou a deputada.

A Proposta de Emenda Constitucional

Bia Kicis é a responsável pela redação da PEC 135/2019, que busca implementar o voto impresso como uma alternativa ao sistema atual de urnas eletrônicas. Essa proposta ganhou força no cenário político, especialmente após Bolsonaro levantar questões sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas, alegando que houve fraudes nas eleições presidenciais de 2018, quando ele foi eleito. Essa desconfiança tem alimentado uma série de manifestações e discussões sobre a integridade do processo eleitoral no Brasil.

Contexto do Ato e Questões Legais

O ato em São Paulo foi chamado de “Justiça Já” e trouxe à tona uma série de questões que envolvem o Supremo Tribunal Federal (STF) e a condução de processos legais que envolvem o ex-presidente. Durante o evento, os manifestantes questionaram a postura do STF em relação à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que atribui cinco crimes a Bolsonaro, incluindo organização criminosa armada e tentativa de golpe de Estado. A crítica à condução do STF tem sido um tema recorrente entre os apoiadores de Bolsonaro, que frequentemente se sentem injustiçados pelas decisões da corte.

Em uma entrevista à Rádio AuriVerde, Bolsonaro se referiu a essas acusações como um “golpe fictício”, afirmando que não existem provas concretas contra ele. “Agora estou nesse golpe fictício, nessa fumaça chamada golpe de Estado. Não tem nada contra mim”, declarou, demonstrando sua confiança no processo e tentando deslegitimar as acusações que enfrenta.

Outras Questões em Debate

Além do foco no voto impresso e nas questões legais envolvendo Bolsonaro, o ato também abordou outros pontos sensíveis da atualidade política brasileira, como o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e as polêmicas relacionadas ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). A prisão de Gilson Machado, ex-ministro do Turismo, também foi uma pauta que mobilizou os participantes, indicando um descontentamento com as recentes decisões do governo federal.

Participação de Governadores e Parlamentares

A mobilização não foi apenas de apoiadores comuns, mas também contou com a presença de figuras políticas relevantes. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, divulgou uma lista que incluía quatro governadores, sete senadores e 39 deputados federais, além de cinco deputados estaduais. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, recebeu parte desses políticos no Palácio dos Bandeirantes, reforçando a união entre eles em torno das pautas levantadas.

A Polícia Militar de São Paulo também preparou um esquema especial para monitorar a manifestação, mobilizando equipes de choque, policiamento aéreo e outros recursos. Esse planejamento envolveu reuniões prévias com os organizadores do evento, demonstrando a preocupação quanto à segurança e à ordem durante o ato.

Conclusão

O ato bolsonarista em São Paulo não foi apenas uma manifestação política, mas um reflexo das tensões que permeiam o ambiente político atual. A luta pelo voto impresso e as críticas ao STF ilustram um cenário carregado de polarização e descontentamento. À medida que o Brasil se prepara para novas eleições, as vozes que clamam por mudanças e transparência se tornam cada vez mais audíveis. Portanto, é crucial que o debate continue, permitindo que opiniões diversas sejam ouvidas e consideradas.

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