A tragédia que se abateu sobre a vida da campeã olímpica Walewska Oliveira abalou o Brasil e o mundo esportivo. Sua morte, aos 43 anos, após cair do 17º andar do prédio em que morava no bairro dos Jardins, em São Paulo, deixou todos perplexos. O marido de Walewska, Ricardo Mendes, ao falar com a polícia, trouxe à tona uma questão intrigante: os problemas de consumo da atleta. Entretanto, a melhor amiga da jogadora, Elisangela Almeida de Oliveira, conhecida como Lili, revelou ao UOL uma perspectiva diferente, lançando luz sobre a complexidade da vida de Walewska.
Lili então se mostrou surpresa com a declaração do corretor de imóveis. “Me chamou muita a atenção quando este boletim de ocorrência caiu na imprensa. A pessoa está casada com a outra e não tenta impedir o consumista de parar de gastar? Essa conta, na minha cabeça, não fecha. Sinceramente“, comentou.
De acordo com Lili, Walewska era uma mulher que cuidava da sua aparência e gostava de se vestir bem. Uma das jogadoras mais bem pagas de sua geração, ela tinha um salário invejável, chegando a ganhar até 80 mil reais por mês. Esse dinheiro não era apenas gasto em consumismo desenfreado; era uma recompensa justa por seu talento e dedicação ao esporte. “A Wal sempre foi vaidosa, gostava de se vestir bem, de comer bem”, revelou Lili em sua entrevista ao UOL.
No entanto, a afirmação de Ricardo Mendes sobre o comportamento consumista de Walewska levanta questionamentos. Se a atleta tinha problemas com gastos excessivos, por que seu marido não tentou intervir ou ajudá-la a encontrar um equilíbrio financeiro? Essa pergunta, levantada por Lili, ressoa na mente de muitos. É difícil compreender como alguém tão próximo não tenha tentado intervir para evitar o pior.
A amiga próxima de Walewska também compartilhou que a atleta era alguém que sabia equilibrar suas paixões e responsabilidades. Ela não apenas investiu em sua aparência, mas também fez investimentos financeiros sólidos. Walewska apresentou pessoas ligadas ao mercado financeiro e de investimentos a Lili, mostrando que ela tinha uma visão de futuro além das quadras. Essa revelação lança uma nova luz sobre a personalidade da atleta, mostrando que havia muito mais do que os olhos podiam ver.
A morte de Walewska e as revelações feitas por Lili também destacam a importância de discutir abertamente a saúde mental dos atletas. Muitas vezes, por trás dos holofotes e dos aplausos, há lutas silenciosas que não são visíveis para o público. A pressão do sucesso, as expectativas da sociedade e as demandas constantes do esporte de alto rendimento podem levar a problemas mentais que podem ser difíceis de detectar.
É fundamental que, como sociedade, estejamos atentos aos sinais de angústia e sofrimento emocional nos atletas, independentemente de sua fama ou sucesso. Os amigos, familiares e colegas de equipe têm um papel crucial a desempenhar no apoio aos atletas em suas jornadas, não apenas em relação ao seu desempenho no campo, mas também em relação à sua saúde mental e emocional.
Em última análise, a história de Walewska Oliveira é um lembrete poderoso de que todos nós, independentemente de nossa fama ou posição social, enfrentamos desafios internos. Seja a pressão de ser um atleta de elite ou as lutas diárias que cada um de nós enfrenta, é vital cultivar empatia, compreensão e apoio mútuo. Somente assim poderemos criar uma sociedade onde as pessoas se sintam verdadeiramente ouvidas, compreendidas e amparadas em seus momentos mais difíceis.