O futebol europeu amanheceu de luto com a notícia do acidente fatal que tirou a vida do jogador Diogo Jota e seu irmão André Silva, numa estrada perto de Zamora, na Espanha. Os dois estavam num Lamborghini Huracán, um carro de alto desempenho conhecido pelo visual marcante e potência absurda. O jornal espanhol As confirmou que o veículo era alugado pelos irmãos.
Esse modelo da Lamborghini não é só um símbolo de status – ele também é pura engenharia voltada pra velocidade. Não é exagero dizer que o Huracán mais parece uma máquina de corrida disfarçada de carro de rua. Algumas versões chegam aos 325 km/h e fazem de 0 a 100 km/h em pouco mais de 3 segundos. Três segundos! É praticamente um piscar de olhos. E olha que existem variações diferentes desse modelo, como a Sterrato, Tecnica, STO e EVO Spyder. Ainda não se sabe exatamente qual era o modelo que os irmãos estavam usando, mas seja qual for, é carro pra quem tem muita responsabilidade no volante.
Infelizmente, toda essa potência também pode ser um problema se não for usada com cuidado. A gente tá falando de um carro que exige muita experiência, especialmente em estradas comuns, como a onde aconteceu o acidente. O Huracán foi feito pra pistas – lisas, com curvas bem calculadas, sem surpresas no meio do caminho. Mas quando você joga esse tipo de carro numa rodovia, tudo pode mudar em questão de segundos.
O veículo é feito com materiais leves como fibra de carbono, que deixam ele mais ágil, mais rápido… e também mais difícil de controlar se alguma coisa sair do previsto. Em alta velocidade, qualquer desvio brusco ou obstáculo pode ser fatal. Ainda mais numa região como a de Zamora, que tem muitas estradas sinuosas e com pouca visibilidade em alguns trechos.
O preço desse luxo também não é pra qualquer um. No Brasil, por exemplo, o modelo Sterrato chegou em abril de 2023 e custa mais de R$ 4 milhões. Sim, você leu certo: quatro milhões. E esse valor não inclui impostos, manutenção, seguro e outros gastos absurdos que vêm junto com esse tipo de carro. A versão Sterrato tem motor V10 5.2, que entrega 610 cavalos de potência e acelera de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos. É coisa de outro mundo. Mas aí a pergunta que fica é: será que vale a pena correr tanto risco por conta de um carro?
Esse acidente levanta novamente a discussão sobre o uso desses superesportivos fora das pistas. A gente tá vendo um número crescente de casos envolvendo veículos desse tipo e motoristas que, por empolgação ou falta de experiência, acabam se envolvendo em tragédias evitáveis. A morte de Jota e do irmão é uma dessas situações que nos faz parar e refletir: até onde vai o limite entre o prazer de dirigir e a imprudência?
Além da tristeza que toma conta dos fãs e familiares, fica o alerta. Não importa o quanto um carro seja avançado ou caro – ele continua sendo um instrumento que precisa de responsabilidade. O Huracán é uma obra de arte sobre rodas, mas não perdoa erros. E, como a gente viu, um descuido pode custar tudo.
Nos próximos dias, espera-se que as autoridades espanholas revelem mais detalhes sobre o que de fato aconteceu naquelas últimas horas. Enquanto isso, o mundo do esporte lamenta a perda de dois jovens com um futuro promissor, que partiram de forma tão repentina e dolorosa.