Médica receita pomada que não existe para tratar doença de bebê em SP

A falta de informação sobre medicamentos pode ser algo preocupante, principalmente quando se trata da saúde de crianças. É o que aconteceu com a família de um bebê de 10 meses que foi atendido na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Central de Santos, no litoral de São Paulo, e teve dificuldade para conseguir um medicamento receitado pela médica.

A situação foi relatada pelo pai da criança, que preferiu não se identificar. Ele disse que o filho estava com assadura grave em suas partes e diarreia e foi levado pela mãe à UPA Central. Após o atendimento, a médica prescreveu uma pomada de loratadina para tratar a alergia, mas ao tentar comprar o medicamento em duas farmácias diferentes, a família descobriu que a pomada não existe, apenas as versões em xarope e comprimido.

A falta de informação sobre os medicamentos pode ser um problema sério na área da saúde, tanto para os pacientes quanto para os profissionais. Muitas vezes, as pessoas desconhecem as opções de tratamento disponíveis ou não sabem como usar corretamente os medicamentos prescritos pelos médicos.

Nesse caso específico, a família do bebê ficou preocupada com a situação, pois a alergia não poderia ser tratada com as versões em xarope e comprimido da loratadina. Além disso, o pai da criança ressaltou que a situação poderia ter sido mais grave, caso a alergia fosse mais séria.

O pai da criança também comentou que é difícil julgar a médica, pois ela pode ter tido um dia ruim ou estar trabalhando demais. No entanto, é importante lembrar que os médicos têm a responsabilidade de prescrever medicamentos de forma precisa e correta, levando em consideração a saúde e o bem-estar dos pacientes.

Orientação médica
Ao g1, a farmacêutica toxicologista Paula Carpes Victório revelou que a loratadina é um antialérgico. Ela crer que muito provavelmente houve um erro da médica que tenha o confundido com o polaramine. “Que também é um anti-histamínico [antialérgico]”. Este sim, segundo ela, tem a opção de pomada.

Ela ainda destacou que o profissional não pode mudar a prescrição. “É um medicamento até então inexistente [a versão em pomada], a gente não sabe se saiu do mercado há muitos anos, mas essa apresentação eu desconheço”.

Paula detalhou também que, em situação muito parecida, o farmacêutico pode ligar para o médico para se informar sobre o medicamento receitado. Contudo, caso não seja possível o contato, é recomentado que o paciente volte a falar com o profissional que prescreveu o remédio.