No dia 11 de maio, o mundo do vôlei ficou abalado com a triste notícia do falecimento da jogadora de vôlei Paula Borgo, aos 29 anos, vítima de um câncer de estômago. Paula, que já havia atuado na seleção brasileira, descobriu a doença em setembro de 2022 durante exames de rotina, quando ainda defendia o time de Barueri. A sua luta contra essa enfermidade serve de alerta sobre a importância da conscientização, diagnóstico precoce e tratamento adequado.
O câncer de estômago, também conhecido como câncer gástrico, é predominantemente do tipo adenocarcinoma, sendo responsável por cerca de 95% dos casos, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Esse tipo de câncer é mais comum em homens mais velhos, sendo que aproximadamente 65% dos pacientes diagnosticados têm mais de 50 anos.
Um dos desafios enfrentados no combate a esse câncer é o diagnóstico tardio. Na maioria dos casos, a doença é detectada em estágios avançados, o que diminui as chances de cura. A gravidade da doença depende do tamanho do câncer, se ele se espalhou para outros órgãos e da saúde geral do paciente.
De acordo com o Inca, o câncer de estômago é uma doença silenciosa, pois não apresenta sintomas específicos. Contudo, alguns sinais podem apontar que algo não está correto e o indicado é procurar um especialista para investigar as razões do problema ao identificar qualquer um deles. Confira:
- Perda de peso e de apetite;
- Fadiga;
- Sensação de estômago cheio;
- Vômitos com ou sem sangue;
- Náuseas;
- Desconforto abdominal;
- Dor quando o estômago é palpado;
- Sangue nas fezes;
- Fezes escurecidas, pastosas e com odor muito forte.
Tratamento:
O tratamento do câncer de estômago geralmente envolve cirurgia e quimioterapia. Em alguns casos, pode ser necessária a radioterapia e o uso de medicamentos direcionados. A abordagem terapêutica é determinada pelo estágio da doença e pelas características individuais do paciente.
Apesar de não haver uma causa específica conhecida para o câncer de estômago, existem fatores que aumentam as chances de desenvolvê-lo. O sobrepeso, o consumo excessivo de álcool e alimentos muito salgados, o tabagismo, infecções pré-existentes (como a causada pela bactéria H. pylori), anemia perniciosa e histórico familiar da doença são alguns desses fatores de risco.
Diante dessa triste notícia, é importante ressaltar a necessidade de conscientização sobre o câncer de estômago e a importância de manter hábitos de vida saudáveis. Adotar uma alimentação equilibrada, evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco, bem como realizar exames preventivos regularmente, são medidas fundamentais para prevenir doenças e garantir a detecção precoce de possíveis problemas.
É imprescindível que a sociedade esteja atenta aos sinais e sintomas que podem estar relacionados ao câncer de estômago, como perda de peso inexplicável, dor abdominal persistente, dificuldade na digestão, náuseas, vômitos frequentes, entre outros. Ao identificar esses sintomas, é fundamental buscar atendimento médico imediato para um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.